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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

SIMULADO DE HISTORIA

SIMULADO DE HISTORIA


1. O ideário da Revolução Francesa, que entre outras coisas defendia o governo representativo, a liberdade de expressão, a liberdade de produção e de comércio, influenciou no Brasil a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, porque:

cedia às pressões de intelectuais estrangeiros que queriam divulgar suas obras no Brasil.
servia aos interesses de comerciantes holandeses aqui estabelecidos que desejavam influir no governo colonial.
satisfazia aos brasileiros e aos portugueses, que desta forma conseguiram conciliar suas diferenças econômicas e políticas.
apesar de expressar as aspirações de uma minoria da sociedade francesa, aqui foi adaptado pelos positivistas aos objetivos dos militares.
foi adotado por proprietários, comerciantes, profissionais liberais, padres, pequenos lavradores, libertos e escravos, como justificativa para sua oposição ao absolutismo e ao sistema colonial.

2. No século XIX, a imigração européia para o Brasil foi um processo ligado:
a uma política oficial e deliberada de povoamento, desejosa de fixar contingentes brancos em áreas estratégicas e atender grupos de proprietários na obtenção de mão-de-obra.
a uma política organizada pelos abolicionistas para substituir paulatinamente a mão-de-obra escrava das regiões cafeeiras e evitar a escravização em novas áreas de povoamento no sul do país.
às políticas militares, estabelecidas desde D. João VI, para a ocupação das fronteiras do sul e para a constituição de propriedades de criação de gado destinadas à exportação de charque.
à política do partido liberal para atrair novos grupos europeus para as áreas agrícolas e implantar um meio alternativo de produção, baseado em minifúndios.
à política oficial de povoamento baseada nos contratos de parceria como forma de estabelecer mão-de-obra assalariada nas áreas de agricultura de subsistência e de exportação.

3. Sobre a Guarda Nacional, é correto afirmar que ela foi criada:
pelo imperador, D. Pedro II, e era por ele diretamente comandada, razão pela qual tornou-se a principal força durante a Guerra do Paraguai.
para atuar unicamente no Sul, a fim de assegurar a dominação do Império na Província Cisplatina.
segundo o modelo da Guarda Nacional Francesa, o que fez dela o braço armado de diversas rebeliões no período regencial e início do Segundo Reinado.
para substituir o exército extinto durante a menoridade, o qual era composto, em sua maioria, por portugueses e ameaçava restaurar os laços coloniais.
no período regencial como instrumento dos setores conservadores destinados a manter e restabelecer a ordem e a tranqüilidade públicas.

4. "Foi a ascensão das classes sociais urbanas, com a deposição do governo Washington Luís, em 1930, que criou novas condições sociais e políticas para a conversão do Estado Oligárquico em Estado Burguês. Esse foi o contexto em que o Governo Getúlio Vargas, nos anos 1930-1945, passou a pôr em prática novas diretrizes políticas quanto às relações entre assalariados e empregadores”

(Ianni, Octávio - ESTADO E PLANEJAMENTO ECONÔMICO NO BRASIL (1930 - 1970). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977, p. 34).

Conforme o texto, novas diretrizes políticas passaram a nortear o governo Vargas, especialmente após 1937, quando foi decretado o Estado Novo, que intensificou a regulamentação das relações entre as classes patronais e os trabalhadores, no processo de industrialização vivido pelo Brasil no período posterior a 1930. O espírito dessa intervenção estatal se expressa na

negação de práticas valorizadas pelo fascismo, como o corporativismo e a máquina de propaganda.
tentativa de aproximar a política trabalhista, cada vez mais, dos integralistas, com vistas a aliciar Plínio Salgado para a chefia do PTB.
busca da harmonia social caracterizada pelo fortalecimento do Estado, que passa a tutelar as divergências e conflitos baseados em interesses particularistas.
valorização exclusiva dos trabalhadores nacionais, objetivando dar-lhes oportunidade de alcançar o poder e assim fazer prevalecer sua ideologia, conforme legislação que previa expulsão dos judeus e outros estrangeiros, residentes no Brasil.
concessão do direito de greve aos trabalhadores e do de "lockout" aos empresários, com o fim de dirimir conflitos trabalhistas.

5. Com a instalação da República no Brasil, algumas mudanças fundamentais aconteceram. Entre elas, destacam-se:
a militarização do poder político e a universalização da cidadania.
a descentralização do poder político e um regime presidencialista forte.
um poder executivo frágil e a criação de forças públicas estaduais.
a aproximação entre o Brasil e os Estados Unidos e a instituição do voto secreto.
a fundação do Banco do Brasil e a descentralização do poder político.

6. A ideologia republicana ganhou força a partir de 1870, porque o desenvolvimento das relações de produção capitalista em andamento no Brasil exigia mudanças que o Império não podia realizar. Todavia, o Movimento Republicano não foi homogêneo; ele congregou diferentes segmentos sociais que, defendendo interesses específicos, opunham-se à continuidade do Império e ao atraso por ele representado. Dentre estes segmentos sociais NÃO se encontrava:
o operariado, representado por líderes sindicais e políticos, que viam na consolidação da República a possibilidade de fortalecimento da sua organização.
parte da oficialidade do Exército, ligada à ideologia positivista e que propunha a consolidação de uma república autoritária.
a burguesia industrial, ligada à produção ainda incipiente de bens de consumo e interessada em garantir mais industrialização.
a burguesia cafeeira do oeste paulista, interessada em promover a descentralização política como forma de garantir a ampliação do seu poder.
a classe média dos centros urbanos, representada por ideólogos liberais, defensores de um sistema federativo nos moldes da Constituição Norte-Americana.

7. O Edito de Milão (313), no processo de desenvolvimento histórico da Roma antiga, reveste-se de grande significado, tendo em vista que:
combateu a heresia ariana, acabando com a força política dos bispados e Alexandria e Antioquia;
tornou o cristianismo a religião oficial de todo o Império Romano, terminando com a concepção de rei-Deus;
acabou inteiramente com os cultos pagão que então dominavam a vida religiosa;
deu prosseguimento a política de Diocleciano de intenso combate à expansão do cristianismo;
proclamou a liberdade de culto cristão, passando Constantino a ser o protetor da Igreja.

8. A batalha de Poitiers (732) é um dos momentos cruciais da evolução política da Europa pois:
terminou com a influência que o Império Bizantino exercia sobre a cultura da França;
deteve a expansão das forças muçulmanas, graças a enérgica ação de Carlos Martel;
representou a derrota naval dos turcos que ameaçavam a supremacia militar de Roma;
significou o fim da influência dos governantes merovíngios, após a oficial implantação do feudalismo;
unificou a Gália, que passou a ser governada por uma tetrarquia.

9. Em 1748, Benjamin Franklin escreveu os seguintes conselhos a jovens homens de negócios: “Lembra-te que tempo é dinheiro... Lembra-te que o crédito é dinheiro... Lembra-te que o dinheiro é produtivo e se multiplica... Lembra-te que, segundo o provérbio, um bom pagador é senhor de todas as bolsas... A par da sobriedade e do trabalho, nada é mais útil a um moço que pretende progredir no mundo que a pontualidade e a retidão em todos os negócios”.

Tendo em vista a rigorosa educação religiosa do autor, esses princípios econômicos foram usados para exemplificar a ligação entre:

protestantismo e permissão de usura;
anglicanismo e industrialização;
ética protestante e capitalismo;
catolicismo e mercantilismo;
ética puritana e monetarismo.

10. Sobre a independência das 13 colônias inglesas da América do Norte, assinale a alternativa correta:
A independência foi declarada durante o primeiro Congresso da Filadélfia, quando os colonos americanos marcharam contra as tropas inglesas.
O primeiro ato revolucionário americano foi a criação dos Estados Unidos, uma república federativa presidencialista.
A agitação revolucionária americana, desde as reações à imposição de impostos e taxas coloniais, caracterizou-se como uma luta decorrente de interesses comerciais que criavam antagonismos entre a Inglaterra e os colonos americanos.
Com a independência, sendo as principais a extinção da escravidão e o restabelecimento do monopólio comercial do açúcar.
Um dos acontecimentos internacionais do processo de independência das trezes colônias inglesas foi a indiferença ou hostilidade francesa ao movimento americano.

11. As Revoluções Inglesas do século XVII e a Revolução Francesa são muitas vezes comparadas. Sobre tal comparação, pode-se dizer que:
É pertinente, pois são exemplos de processos que resultaram em derrota do absolutismo monárquico; no entanto há diferenças entre elas, como a importante presença de questões religiosas no caso inglês e o expansionismo militar francês após o fim da Revolução.
É equivocada, pois, na Inglaterra, houve vitória do projeto republicano e, na França, da proposta monárquica; no entanto foram ambas iniciadas pela ação militar das tropas napoleônicas que invadiram a Inglaterra, rompendo o tradicional domínio britânico dos mares.
É pertinente, pois são exemplos de revoluções proletárias de inspiração marxista; no entanto os projetos populares radicais foram derrotados na Inglaterra (os “niveladores”, por exemplo) e vitorioso (os “sans-cullottes”).
É equivocada, pois na Inglaterra, as revoluções tiveram caráter exclusivamente religioso, e, na França, representaram a vitória definitiva da proposta republicana anti-clerical; no entanto, ambas foram revoluções anti-absolutistas.
É pertinente, pois são exemplos de revoluções burguesas; no entanto, na Inglaterra, as lutas foram realizadas e controladas exclusivamente pela burguesia, e, na França, contaram com grande participação de camponeses e de operários.

12. Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1829-1895) acreditavam que era preciso conhecer a estrutura econômica, para entender o funcionamento da sociedade e as mudanças ocorridas na história da humanidade. Para que se compreendam as idéias coletivas, o funcionamento do Estado, o modo como algumas classes sociais dominam as outras, é necessário estudar como os indivíduos se relacionam, na hora de trabalhar e produzir.

O nome dado a essa teoria, sobre as leis do desenvolvimento social e concepção da história, é:

Materialismo Histórico.
Mais-Valia.
Modo de Produção.
Dialética Medieval.
Falanstério.

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