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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

RESPOSTAS DO SIMULADO DE PORTUGUES

1. Assinale a alternativa que apresenta correção ao emprego do acento indicativo de crase.
Às pressas, dirigiu-se a casa de sua mãe para à consolar.
Pensamos às vezes, que a maioria dos problemas nos levam a frustração.
À frente dos amigos, ousamos dizer a eles sobre à nossa preocupação.
O pensamento estava a se esvair gota a gota.
Deixou-o a solta, voltou a seu pai e admirou-o às escondidas.

2. Dadas as sentenças:

I. Estou a seu dispor à todo momento a menos que surja alguma visita.
II. Ele estava às voltas com um imprevisto, mas planejava daí a pouco, ir à casa do comendador.
III. Não daremos atenção à atitudes que nos comprometam.

Observando o uso do acento indicativo de crase, é correto afirmar que:

somente a I é correta;
a II e a III são corretas;
somente a III é correta;
a I, a II e a III são corretas;
somente a II é correta.

3. Daqui ___ vinte quilômetros, a viajante encontrará, logo ____ entrada do grande bosque, uma estátua que _____ séculos foi erigida em homenagem ____ deusa da floresta.
a/à/há/à
há/a/à/a
à/há/à/à
a/à/à/à
há/a/há/a

4. Aponte a alternativa correta.
Horas e minutos marcadas no relógio de pulso.
Absorvido esforços e dinheiro.
Camarão e sardinha fresca precisam ser bem limpos.
Um desejo e uma alegria incompleto.
Esplêndidas inteligência e caráter distinguiam os homens.

5. Assinale a alternativa em que a concordância está errada:
Os braços e as mãos trêmulas erguiam-se para o céu.
Todos se moviam cautelosamente, alertas ao perigo.
Tinha belos olhos e boca.
Chegada a sua hora e a sua vez, intimidou-se.
A terceira e a quarta séries tiveram bom índice de aprovação.

6. Indique a alternativa que preenche corretamente as lacunas.Ainda _______ furiosa, mas com _________ violência, proferia injúrias _______ para escandalizar os mais arrojados.
meia – menas – bastantes
meia – menos – bastante
meio – menos – bastante
meio – menos – bastantes
meio – menas – bastantes

7. Assinale a alternativa em que há erro.
Os fatos falam por si sós.
A casa estava meio desleixada.
Os livros estão custando uma fortuna.
Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis.
Era a mim mesma que ele se referia, disse a moça.

8. Assinale a alternativa errada.
Ficou no porta-luvas o revólver e os documentos.
Ficaram no porta-luvas o revólver e os documentos.
Outrora devia haver ali fortes tabas.
Outrora deviam haver ali fortes tabas.
Outrora deviam existir ali fortes tabas

9. Assinale a incorreta.
Era tão pequena a cidade que um grito ou gargalhada forte a atravessavam de ponta a ponta.
Jogos, festas, diversões, nada pôde satisfazê-lo.
O entusiasmo, alguns goles de vinho e gênio impulsivo, estouvado, tudo isso me levaram a fazer uma única coisa.
Pedro ou Paulo será escolhido.
Nem a riqueza nem o poder o livrou de seus inimigos.

10. Indique a alternativa que preenche corretamente as lacunasEssas crianças sentirão a mudança radical que ____________.
lhe estão sendo impostas
lhe está sendo imposta
lhes estão sendo impostas
lhe está sendo imposto
lhes está sendo imposta

11. O rondó dos cavalinhos*

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Tua beleza, Esmeralda,
Acabou me enlouquecendo.


Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O sol tão claro lá fora,
E em minh’alma – anoitecendo!

Manuel Bandeira
*Na primeira publicação do poema, o título era Rondó do Jockey Club.

Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do poema.

Compõe-se de quadras com versos redondilhos, recursos típicos da lírica tradicional.
Explora repetição de versos e regularidade métrica e rímica que lhe conferem musicalidade.
A rima presente em enlouquecendo e anoitecendo enfatiza o estado de espírito do eu.
A linguagem simples e o caráter prosaico do motivo poético são características da estética modernista.
Expressa nos dísticos que se repetem um juízo positivo a respeito dos homens.Texto para as questões 60, 61 e 62

Ai de ti, Copacabana.
(Rubem Braga)

"Quando a alma vibra, atormentada..."

Tremi de emoção ao ver essas palavras impressas. E lá estava o meu nome, que pela primeira vez eu via em letra de forma. O jornal era "O Itapemirim", órgão oficial do "Grêmio Domingos Martins", dos alunos do Colégio Pedro Palácios, de Cachoeiro do Itapemirim, Estado do Espírito Santo.

O professor de Português passara uma composição: "A lágrima". Não tive dúvidas: peguei a pena e me pus a dizer coisas sublimes. Ganhei 10, e ainda por cima a composição foi publicada no jornalzinho do colégio. Não era para menos:



"Quando a alma vibra, atormentada, às pulsações de um coração amargurado pelo peso da desgraça, este, numa explosão irremediável, num desabafo sincero de infortúnios, angústias e mágoas indefiníveis, externa-se, oprimido, por uma gota de água ardente como o desejo e consoladora como a esperança; e esta pérola de amargura arrebatada pela dor ao oceano tumultuoso da alma dilacerada é a própria essência do sofrimento: é a lágrima".

É claro que eu não parava aí. Vêm, depois outras belezas; eu chamo a lágrima de "traidora inconsciente dos segredos d’alma", descubro que ela "amolece os corações mais duros" e também (o que é mais estranho) “endurece os corações mais moles". E acabo com certo exagero dizendo que ela foi "sempre, através da História, a realizadora dos maiores empreendimentos, a salvadora miraculosa de cidades e nações, talismã encantado de vingança e crime, de brandura e perdão."

Sim, eu era um pouco exagerado; hoje não me arriscaria a afirmar tantas coisas. Mas o importante é que minha composição abafara e tanto que não faltou um colega despeitado que pusesse em dúvida a sua autoria: eu devia ter copiado aquilo de algum almanaque.


12. Nesse trecho de crônica, ao se referir ao estilo das suas composições de estudante, Rubem Braga deixa sugerido que, em seu ofício de cronista,
veio a intensificar as características poéticas e retóricas que lhe garantiram o sucesso quando jovem autor, ao tempo da primeira publicação.
perdeu a sinceridade que marcava seus escritos de estudante, quando expressava, de modo mais despojado, os sentimentos mais sublimes.
conservou a primitiva atração pelas hipérboles, ao mesmo tempo em que já não alimenta a mesma ilusão quanto ao prestígio das palavras impressas.
distanciou-se do tipo de retórica que marcava aquelas composições, em decorrência da consciência crítica e da ironia de adulto.
valeu-se do aprendizado escolar para vir a dominar uma linguagem que, adaptada ao modelo da crônica, preservaria o lirismo da adolescência.

13. O autor menciona que um colega questionara a autoria da composição. Considerando essa infor­mação, é correto afirmar que o trecho “eu devia ter copiado aquilo de algum almanaque” é um caso de
discurso indireto, que, em discurso direto, equivaleria a “eu devo ter copiado isso de algum almanaque”.
discurso direto, que, em discurso indireto, equivaleria a “você deve ter copiado aquilo de algum almanaque”.
discurso indireto, que, em discurso direto, equivaleria a “você deve ter copiado isso de algum almanaque”.
discurso direto, que, em discurso indireto, equivaleria a “eu deveria ter copiado isso de algum almanaque”.
discurso indireto livre, que, em discurso direto, equivaleria a “você deve ter copiado aquilo de algum almanaque”.

14. Em "eu devia ter copiado aquilo...", o modal "dever" implica
certeza.
probabilidade.
possibilidade.
dúvida.
improbabilidade.

15. Assinale a alternativa incorreta sobre o Pré-Modernismo:
Não se caracterizou como uma escola literária com princípios estéticos bem delimitados, mas como um período de prefiguração das inovações temáticas e lingüísticas do Modernismo.
Algumas correntes de vanguarda do início do século XX, como o Futurismo e o Cubismo, exerceram grande influência sobre nossos escritores pré-modernistas, sobretudo na poesia.
Tanto Lima Barreto quanto Monteiro Lobato são nomes significativos da literatura pré-modernista produzida nos primeiros anos do século XX, pois problematizam a realidade cultural e social do Brasil.
Euclides da Cunha, com a obra Os Sertões, ultrapassa o relato meramente documental da batalha de Canudos para fixar-se em problemas humanos e revelar a face trágica da nação brasileira.
Nos romances de Lima Barreto observa-se, além da crítica social, a crítica ao academicismo e à linguagem empolada e vazia dos parnasianos, traço que revela a postura moderna do escritor.

16. Leia atentamente os seguintes textos:

Texto 1

"... Como se sabia, o supremo pavor dos sertanejos era morrer a ferro frio, não pelo temor da morte senão pelas suas conseqüências, porque acreditavam que, por tal forma, não se lhes salvaria a alma. Exploravam esta superstição ingênua. Prometiam-lhes não raro a esmola de um tiro, à custa de revelações. Raros as faziam. Na maioria emudeciam, estóicos, inquebráveis - defrontando a perdição eterna. Exigiam-lhes vivas à República."


Texto 2"- Mas você está muito enganada, mana. É preconceito supor-se que todo homem que toca violão é um desclassificado. A modinha é a mais genuína expressão da poesia nacional e o violão é o instrumento que ela pede. (...) Convém que nós não deixemos morrer as nossas tradições, os usos genuinamente nacionais.

Após a leitura dos textos 1 e 2, analise as afirmativas a seguir:”

Ambos pertencem a obras pré-modernistas, pois refletem temáticas nacionalistas e contemporâneas aos autores, mas com um viés crítico e exaltador.
O texto 1 é um trecho de Os Sertões, obra em que Euclides da Cunha descortina o interior do Brasil, traçando um retrato do Arraial de Canudos e do líder místico Antônio Conselheiro.
O texto 2 é parte do romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto, de estilo simples e despojado. Seus cenários são os subúrbios cariocas, onde denunciava preconceitos sociais.

Está (ão) correta(s):

2 apenas
1, 2 e 3
2 e 3 apenas
1 e 3 apenas
1 apenas

17. Enumerar a segunda coluna de acordo com a primeira, relacionando as idéias, expressões, autores e obras ao que convencionou denominar de Pré-Modernismo e Geração de 22.

1. Pré-Modernismo

2. Geração de 22

( ) Oswald de Andrade

( ) Lima Barreto

( ) Mário de Andrade

( ) Os Sertões

( ) fragmentação da narrativa

( ) ruptura com a tradição

( ) ecletismo

( ) irreverência

A seqüência correta, de cima para baixo, é a da alternativa:

2 - 2 - 2 - 1 - 1 - 1 - 1 - 2
2 - 1 - 2 - 1 - 2 - 2 - 1 - 2
2 - 1 - 2 - 2 - 1 - 2 - 2 - 2
1 - 1 - 1 - 1 - 2 - 2 - 1 - 2
1 - 1 -2 - 1 - 2 - 2 - 1 - 1

18. Nas alternativas a seguir, há um trecho que, por suas características, não pode ser encaixado na obra de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa. Trata-se de:
"Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza."
"Pensar no sentido íntimo das coisas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das coisas
É elas não terem sentido íntimo nenhum."

"Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico..."
"Não durmo; não posso ler quando acordo de noite,
Não posso escrever quando acordo de noite,
Não posso pensar quando acordo de noite -
Meus Deus, nem posso pensar quando acordo de noite!"
"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

19. O Modernismo Brasileiro eclodiu com a Semana de Arte Moderna, em 1922. Sobre o movimento somente podemos afirmar que:
os artistas brasileiros queriam formalizar uma grande manifestação para consagrar os ideais clássicos, expressos através do Parnasianismo.
a intelectualidade brasileira, de fato, já estava tomando rumos diversos daqueles presentes no século XIX, porém a tendência da poesia era a de permanecer melancólica e saudosista.
seria um acontecimento de cunho eminentemente nacionalista, sem qualquer ligação com tendências ou movimentos que não fossem integralmente gerados no Brasil.
a Semana ratificaria as premissas do direito à pesquisa estética, disseminada em tantas expressões (literatura, música, pintura, escultura) quantas fossem as dos participantes do movimento.
teria como figuras de proa os nomes de Victor Brecheret, Anita Malfatti, Oswald de Andrade e Rui Barbosa.

20. Leia o seguinte texto:

MANIFESTO DA POESIA PAU-BRASIL (fragmento)
Lançado por Oswald de Andrade, no Correio da Manhã, em 18 de março de 1924.

(...) Houve um fenômeno de democratização estética nas cinco partes sábias do mundo. Instituíra-se o naturalismo. Copiar. Quadro de carneiros que não fosse lã mesmo não prestava. A interpretação do dicionário oral das Escolas de Belas-Artes queria dizer reproduzir igualzinho... Veio a pirogravura. As meninas de todos os lares ficaram artistas. Apareceu a máquina fotográfica. E com todas as prerrogativas do cabelo grande, da caspa e da misteriosa genialidade de olho virado - o artista fotógrafo.
Na música, o piano invadiu as saletas nuas, de folhinha na parede. Todas as meninas ficaram pianistas. Surgiu piano de manivela, o piano de patas. A Playela. E a ironia eslava compôs para a Playela. Stravinski.
A estatuária andou atrás. As procissões saíram novinhas das fábricas.
Só não se inventou uma máquina de fazer versos - já havia o poeta parnasiano. (...)
Nossa época anuncia a volta ao sentido puro.
Um quadro são linhas e cores. A estatuária são volumes sob a luz.
A poesia Pau-Brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas, um sujeito magro compondo uma valsa para flauta e a Maricota lendo o jornal. No jornal anda todo o presente. (...) (TELES, Gilberto M. Vanguarda Européia e Modernismo brasileiro)

Duas características da poesia modernista que aparecem sugeridas no último parágrafo do Manifesto da Poesia Pau-Brasil são:

incorporação da temática cotidiana - enfoque no presente
valorização dos encontros familiares - enaltecimento da natureza
aproveitamento do elemento musical - retrato de cenas familiares
citação jornalística da realidade - reprodução do noticiário histórico
"valorização da natureza como elemento estético " rigor formal no fazer artístico

Um comentário:

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